Belo Horizonte (MG) — A surpresa que o técnico Cuca estava reservando para o clássico de amanhã já não existe. Mesmo que ainda afirme que a definição da equipe ocorrerá só na hora do jogo. É que o armador Gilberto deu todas as dicas de que vai estar em ação. Assim, o Cruzeiro não vai abrir mão de ter um armador experiente e de qualidade comprovada. Diante do Grêmio (2 x 2), o time ficou sem um atleta criativo e teve dificuldades.
Inicialmente, a informação celeste era de que Gilberto fez apenas uma corrida, mas, na verdade, participou do treino tático e praticamente garantiu presença. Ele foi seguro: “Aos 34 anos, não poderia estar mentindo. Tenho chances de jogar”. Um segurança ao seu lado, preocupado em evitar que as pessoas vissem o jogador usando chuteira na preparação, comprovando dessa forma a participação do atleta veterano nas atividades com bola, procurou esconder o que todos já tinham visto.
Cuca garantiu que aguarda a recuperação dos machucados (Gilberto tinha um problema na panturrilha esquerda) para a definição e que em 48 horas tudo pode acontecer: “Dependo do Cláudio Caçapa. Se ele estiver 100%, vai jogar. E também do Gilberto”. O zagueiro participou das atividades, treinando uma parte como titular. Na outra, a vez foi de Edcarlos, dono da posição durante toda a semana (Caçapa sentia uma entorse no joelho direito).
Durante a semana, Cuca usou o esquema 3-5-2, que deve ser confirmado, escalando atrás Gil, Cláudio Caçapa (Edcarlos) e Fabinho — esse último atuando como primeiro volante, ao lado de Fabrício. Na armação, Everton e Gilberto e, na frente, Thiago Ribeiro e Wellington Paulista.
Os jogadores destacam que o clássico está se encaminhando para ser uma guerra, pelas necessidades de ambos de uma vitória e ainda pelas condições do gramado: “E tem o fato de jogarmos sem nossa torcida. Mas isso pode ser até bom, porque, se fizermos uma vantagem, a pressão vai aumentar para o lado deles”, avalia Thiago Ribeiro.
Os cruzeirenses, encabeçados por Cuca, também dão uma nova dinâmica para o clássico. A preocupação, diferentemente de antes, é cuidar exclusivamente do time: “Temos de ter atenção necessária para o adversário, mas nada além disso. O Cruzeiro tem de se preocupar é com ele”, observa Thiago Ribeiro, referendado por Cuca.