Na primeira convocação de Mano Menezes à frente da Seleção Brasileira, o nome de Fábio era dado como certo por muita gente. Para a surpresa geral, o ex-técnico do Corinthians chamou Jefferson, do Botafogo, Renan, do Avaí, e ainda Victor, do Grêmio, que chegou a ser convocado muitas vezes durante a ‘era Dunga’.
Titular do Cruzeiro desde 2005 e atravessando o melhor momento da carreira, Fábio admitiu que se sentiu frustrado por não ter sido convocado numa relação com muitos jogadores que atuam no Brasil.
”Infelizmente, o reconhecimento não vem de fora, não só do treinador, mas de algumas pessoas da imprensa de fora, mas eu estou descansando no Senhor, o único que me fortalece e que me dá mais força para trabalhar. Respeito todos os goleiros que foram convocados, mas pelo momento que eu estou vivendo, passou o tempo de eu ter a minha oportunidade e mostrar isso dentro da Seleção. Mas vou continuar trabalhando, espero que a oportunidade apareça, no momento que for melhor para eu me destacar, como estou fazendo aqui no Cruzeiro”, disse o goleiro cruzeirense.
Aos 29 anos, Fábio ainda tem esperança de passar a ser um nome cativo na Seleção Brasileira e de disputar a Copa de 2014. O goleiro lembra que cresceu muito profissionalmente e emocionalmente a partir de 2007, após se recuperar de uma cirurgia no joelho, e vir de duas temporadas de altos e baixos no clube.
“Tenho que acreditar, porque estou trabalhando muito para isso. Se vocês analisarem a sequência de jogos depois que retornei, em 2007, se eu colocar todos os jogos num DVD, vou ter me destacado bem, junto com os meus companheiros, porque a gente tem que ressaltar o grupo. Mas eu venho me destacando e espero a oportunidade novamente. (...) Acho que Seleção é momento, independentemente da idade, e eu sou muito jovem ainda, tenho que ter a esperança em buscar a Seleção novamente, porque estou jogando para isso, e Deus vai me fortalecer mais ainda e dentro dos jogos vou poder mostrar que tenho possibilidade de ter essa convocação”, acrescentou.
Fábio: 'Não vou desanimar'
O consolo de Fábio é ser respeitado em Minas e receber a cada dia o carinho da torcida do Cruzeiro, que o tem como o maior ídolo do clube na atualidade. Esse incentivo lhe dá força para ainda sonhar com a Seleção.
”É difícil, se você pensar algumas coisas, você às vezes perde a razão e perdendo a razão você deixa de almejar as coisas que você tanto quer, e Deus vem me ajudando, junto com a minha família, e todos os torcedores do Cruzeiro. Isso eu tenho que agradecer pelo reconhecimento, pelo carinho, sempre me pedindo que eu continuasse aqui fazendo um bom trabalho dentro do Cruzeiro e pedindo a minha convocação para a Seleção. Isso é que me fortalece para que essas coisas não venham a atrapalhar o meu desempenho nem a minha felicidade”, concluiu o goleiro.