Diferentemente de Adílson Batista, Cuca comanda treinos abertos e costuma não fazer mistério sobre o esquema e os jogadores que mandará a campo. Às vésperas da partida com o Grêmio, no último domingo, ele já mudou um pouco a postura e surpreendeu ao improvisar Fabinho na zaga e Jonathan no meio-campo. Para vencer o clássico de domingo, contra o Atlético, o suspense novamente será usado pelo treinador, na tentativa de surpreender Luxemburgo.
Sem poder contar com o volante Henrique, suspenso, e muito provavelmente com os meias Gilberto e Roger, em recuperação de contusões musculares, Cuca está em dúvida sobre o esquema de jogo. O 4-4-2 pode dar lugar ao 3-5-2.
No coletivo de terça-feira, contra o Al-Raed, da Arábia Saudita, Cuca chegou a montar a defesa com três zagueiros, aproveitando a chegada do recém-contratado Edcarlos, que atuou assim no São Paulo. Gil e Wellington (Thiago Heleno) completaram o setor.
”Eu já dei uma mexida em cima disso, mas não deu para ter muita base. O negócio (jogo-treino) estava pegado, nós temos a semana longa ainda para fazer todas as análises que a gente necessita, para depois definir a equipe. A gente tem baixas consideráveis, o Roger, o Gilberto, o Henrique, e tem jogadores que voltam, no caso do Gil, do Wellington, e a gente vai formatar a melhor equipe para fazer um grande jogo no domingo”, disse.
A formação de meio-campo é a grande preocupação do treinador, pois, sem um armador de ofício, o Cruzeiro criou pouco. O volante Everton chegou a exercer a função, mas sem a eficiência necessária.
”É uma situação que ocorre mesmo, porque a gente está com essa dificuldade no setor. Daqui a pouco a gente vai ter Henrique, Gilberto, Roger, Montillo e vamos estar mais bem servidos. É natural que a gente possa trabalhar algumas situações, para ver qual encaixe melhor vai servir para a partida”, acrescentou o técnico, novamente se referindo à dúvida sobre qual esquema usar.
E, pelo jeito, essa dúvida será levada até o vestiário da Arena do Jacaré, no domingo, para tornar a missão de Luxemburgo mais difícil. “Essa semana é uma semana em que a gente tem que apimentar o clássico com um pouco de mistério, que faz parte do enredo. Pra quê já anunciar um time hoje ou amanhã, se a gente pode ir tocando até o final de semana? E assim vai ser”.