Um clássico pode derrubar um treinador, como ocorreu com Paulo Autuori, em 2007, após a goleada por 4 a 0 na primeira partida da final do Mineiro, ou valorizar o trabalho, como ocorreu tantas vezes com Adílson Batista, que em dois anos e meio derrotou o rival nove vezes, com mais dois empates e só uma derrota (com um mistão).
Cuca iniciará a sua história no clássico mineiro neste domingo, ao dirigir o Cruzeiro na Arena do Jacaré, e evita fazer projeções sobre o que pode acontecer após uma vitória ou uma derrota nessa 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O Cruzeiro vai para o jogo em melhor situação na tabela. É o sexto colocado, com 16 pontos, e poderá subir só uma posição, desde que vença e conte com um tropeço do Avaí diante do Goiás.
Se perder, o Cruzeiro pode ser ultrapassado por até seis clubes e se afastar do G-4.
Já o Atlético está na 19ª posição, com dez pontos, e poderá deixar a zona de rebaixamento com uma vitória. Se for superado pelo Cruzeiro, o Galo dificilmente será ultrapassado pelo lanterna Atlético-GO, uma vez que marcou mais gols.
Cuca acha que um clássico pode ter diversas consequências e prefere trabalhar pela vitória a se antecipar aos fatos. “Depende muito do jogo. Depende muito do que ocorra no jogo, de que forma você ganhe, de forma como você empate, de que forma você perca. Existem diversas razões para você analisar um jogo. Então, vamos esperar no domingo para ver em qual desses nós vamos nos encaixar. Tomara no dá vitória”.
Cuca está tranquilo e confia em vitória em Sete Lagoas
Ele também não se sente incomodado por vir de dois resultados desfavoráveis. “Acho um pouco duro dizer ‘dois jogos sem vencer’. Nós perdemos para o líder, poderíamos ter ganho, e empatamos com o Grêmio num jogo em que poderíamos ter perdido. O Cruzeiro está com 16 pontos, a três do G-4, uma rodada pode te levar ao G-4. A dificuldade que tem o clássico tem para os dois lados. A mesma gana que o Atlético tem, o Cruzeiro também tem, o mesmo trabalho que tem aqui, tem lá. A gente vai procurar fazer o melhor em todos os sentidos, não só no aspecto físico, mas no mental também”.